
Desinfecção ou imunização de reservatórios de água
Entende-se por desinfecção ou imunização a destruição de organismos patogênicos ou de outros organismos indesejáveis como algas e ferrobactérias. Tais organismos podem ser encontrados na água de abastecimento e sobreviver por várias semanas a temperaturas próximas à 21º C ou, possivelmente, vários meses a baixas temperaturas. Além da temperatura, sua sobrevivência depende de fatores ecológicos, fisiológicos e morfológicos, incluindo pH, turbidez, oxigênio, nutrientes, competição com outros organismos, resistência às substâncias tóxicas, habilidade de formação de esporos, etc.
Desinfecção
DESINFECÇÃO DE CAIXAS D'ÁGUA E CISTERNAS
Consiste ne execução de limpeza mecânica das paredes e fundo das cisternas e caixas d'água, operação que consiste em HIDROJATEAMENTO, de alta pressão (3000 psi), com intuito de remoção do limo (algas) ou qualquer outra forma de precipitados. Após então, é adicionado volume necessário de solução germinicida a bade de hipoclorito de sódio no reservatório principal, visando colocação do percentual de cloro livre em torno de 3 ppm, o que garantirá a atuação do cloro como agente bactericida (especificação da Org. Mundial de Saúde).
Cloração
É o processo de desinfecção e/ou prevenção contra contaminação utilizando cloro como agente desinfetante. Não basta simplesmente desinfetar o sistema, é necessário manter essa condição sem interrupção. Para tanto, quando realizado com uso de produtos químicos, é imprescindível que exista sempre certa quantidade do agente desinfetante, chamado residual, para garantir segurança à saúde do usuário.
Eficiência da desinfecção pelo cloro
A eficiência pode estar relacionada a diversos fatores. Entre eles:
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A concentração do composto clorado – quanto maior, mais efetiva;
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Espécies: cloro livre ou combinado – o livre é muito mais eficiente;
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Tempo de contato – quanto maior, mais efetiva a ação;
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pH – influi na dissociação das espécies cloradas;
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Tipos de microorganismos – alguns são resistentes;
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Turbidez – microorganismos aderidos ficam protegidos;
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Homogeneidade na disperção;
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Presença de outros compostos – provoca consumo adicional e precipitação de insolúveis;
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Características físico-químicas da água, incluindo a de alimentação;
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Concentração de microorganismos – pode neutralizar ação residual;
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Temperatura maior favorece a proliferação de microorganismos;
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Pré-oxidação – reduz demanda e favorece ação residual.
Ação bactericida do cloro
Sabe-se que as enzimas exercem papel fundamental nas atividades metabólicas dos seres vivos através de reações bioquímicas indispensáveis à manutenção dos processos e funções vitais. Alterações no mecanismo de atuação das enzimas podem desencadear um processo irreversível e letal ao indivíduo. Estudos sobre o efeito do cloro em microorganismos sugerem a inativação da triofosfórico desidrogenase, uma das cerca de 20 enzimas envolvidas na oxidação da glicose, inibindo dessa maneira a obtenção de energia essencial à manutenção da vida.
Dosagem de consumo
Não dispondo de informações sobre a demanda de cloro de determinada água, recomenda-se iniciar a aplicação com dosagem de 1 mg/L.
Iniciada a desinfecção, determinar o valor do pH em amostras coletadas nos pontos mais distantes possíveis da aplicação, como nos extremos da rede de distribuição. De posse desses valores e utilizando a tabela a seguir, apurar os teores mínimos recomendados para cloro residual livre e combinado a serem encontrados na água após o tempo de contato indicado.